terça-feira, 1 de maio de 2012

Mode quê entrevista


Boa noite!
Hoje, para nós, uma entrevista com Jairo B. Pereira:





jAirO pEreIrA, nasceu em 1956 em Passo Fundo-RS.

vive há mais de vinte anos em Quedas do Iguaçu-PR., onde é pequeno pecuarista.

publicou oito livros, sendo: O artista de quatro mãos - contos -, O antilugar da poesia -

manifesto poético -, Signo de minha prática - poesia -, Meus dias de trabalho - poesia -,

O abduzido - romance/ensaio-, o livro-poema Capimiã pela Editora Medusa, Coleção Ruptura Réptil e ESPIRITH OPÉIA - poesia-, editado pela Editora dos Recusados em 2004 e El caderno de Jairo Pereira, edições Yi Yi Jambo, Assuncion - PY. tem ensaios e artigos publicados em diversas revistas impressas e eletrônicas, podendo destacar TANTO de Belo Horizonte - MG, VERBO 21 de Salvador - BA, ONTEM CHOVEU NO FUTURO – MS, cujo editor é Douglas Diegues, REVISTA ZUNÁI, CRONÓPIOS e CAPITU, estas últimas três de São Paulo. teve poemas publicados por duas vezes na Revista Coyote de poesia contemporânea editada por Marcos Losnak, Ademir Assunção e Rodrigo Garcia Lopes e também na Revista BABEL, editada por Ademir Demarchi. seu livro O abduzido o tornou conhecido nacionalmente e consta de diversos sites e mecanismos de busca na Internet. participou da antologia Passagens organizada por Ademir Demarchi, em que reuniu 26 poetas contemporâneos do Paraná. escreve ensaios sobre semiótica, poesia, filosofia e arte. faz crítica de poesia. publicou o poema A revelação de Marilyn Semiótica na revista de poesia SLOPE norte-americana, em seleção de poetas brasileiros, sob coordenação de Mauro Faccioni Filho. publicou poemas também na Revista Menmozine 2, encarte eletrônico de Cronópios, e artigos e ensaios na Revista Clic Magazine. site:
www.jairopereira.com.br.


Mode quê: Jairo, você considera sua arte nacionalista?

Jairo B. Pereira: Sim, no sentido de um criar nosso, brasileiro, que tem raizes fortes em Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Guimarães Rosa, escritores e poetas que sabiam que deviamos pisar o nosso chão.

Mode quê: O povo brasileiro é resultado de uma miscigenação social.  Você escreve poemas, filosofia e pinta quadros. O fato de ser um multiartista te torna mais "brasileiro"?

Jairo B. Pereira: O fato de eu ser miscigenado me torna mais brasileiro. tenho português, italiano e índio. o Brasil é um país forte artisticamente, porque amalgamamos tantas culturas numa só. A do índio, a do europeu e a do brasileiro propriamente.
Isso reflete diretamente na arte que produzimos aqui.
Ocorre um sincretismo cultural, fusão, amálgama de tantas culturas, e pela consciência do artista quase que num ritual antropofágico, o eu que faz, tira o maior proveito do somado.

Mode quê: Você pode nos citar alguma obra sua que traduza a cultura brasileira?

Jairo B. Pereira: Poeta é de saber a que veio e o pouco/muito onde pretende revolucionar. Revolucionar sim. Não ache que chegamos nessas plagas pra pouca coisa. A poesia é teleológica e não. O signo belo, as hastes núbilas comunicantes, referendadas pelo ímpeto: estilhaços da psique, a caminho do Tao. O Tao da poesia, é bom registrar é thurvo & agrega todos os cacos de pensamentos, torneios de signos mutantes,esgrimas na língua mátria, matrix, o pensamento elevado/enlevado em canto. O Tao da poesia é múltiplo, cambiante,e sempre nos engana com suas verdades de primeira, segunda e terceira nathurezas. Órfica a minha verdade. Órfico omeu silêncio. Órficos meus atos no exercício com os signos. Como o homem, o produto do seu pensar/fazer pela linguagem, que é a poesia, é multifacetado, fracto-simbólico. Por isso, torna-se leviano o ato de se condenar esse ou aquele poeta,ou sua poesia, que foge de nossa apreensão (ou simpatia) crítica. Foge ou diminui na lente, opiniática, valorativa.Principalmente, no que diz respeito, aos rótulos, que costumeiramente estampamos, a exemplo: moderno, neoclássico,concreto, surrealista, ultraísta, neo-concreto, pós-concreto, neobarroco...

Fabricava barcos
e não deu certo
Fabricava dólares
 e não deu certo
Agora só fabrica
poesia


Muito obrigada Jairo pela colaboração!

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